sábado, 21 de janeiro de 2017
Aquecimento global - realidade ou mito?
05:46:00Em que medida é que a maioria de nós, como meros habitantes do planeta nos últimos 50 000 dos seus 4 540 000 000 anos, consegue avaliar ...
Em que medida é que a maioria de nós, como meros habitantes do planeta nos últimos 50 000 dos seus 4 540 000 000 anos, consegue avaliar as lavagens cerebrais a que é sujeita diariamente?
É verdade que a temperatura do planeta está a subir devido ao uso de combustíveis fósseis desmesurado? É verdade que o nível do mar está a subir devido ao degelo das calotes polares, que por sua vez tem origem na acção humana? É verdade que há realmente registo de mais furacões, inundações, secas, incêndios florestais, causados pela subida do nível de CO2 (dióxido de carbono) e CH4 (metano) na atmosfera, produzidos pela actividade humana? Muito da nossa alimentação influencia realmente a emissão desses gases (gado bovino como uma das maiores fontes de emissão de metano e as plantações de palma que levam ao elevado número de incêndios de fogo posto na Indonésia para criação de áreas de plantação, entre outros)?
Muitos cientistas afirmam que sim, muitos cientistas afirmam que não. Muitas agências que estudam o ambiente e o clima são controladas, subsidiadas, ou são de facto entidades satélite de empresas que extraem/produzem/comercializam combustíveis fósseis. Há incontáveis registos de cientistas que recebem ameaças contra a sua vida por defenderem que é urgente a necessidade de recorrer a meios de energia sustentável e reduzir a larga escala a emissão de CO2 e CH4 para a atmosfera, assim como outros tantos registos de que os profissionais que negam tal necessidade recebem prémios chorudos por o fazerem.
Sem nomes, e sem tretas, o importante mais uma vez é fazer o povo acreditar em algo. Acho que é bastante óbvio para todos que a ciência e conhecimento que implica o estudo do clima e do comportamento terrestre em toda a sua existência está a anos luz de ser algo que possa ser entendido e doutorado por todos os seus habitantes humanos. Não reconheço em ninguém do meu círculo de conhecidos, familiares e amigos, e muito menos nas redes de imprensa e sociais, conhecimentos científicos ou de adivinhação que lhes permita dizer com toda a certeza que estamos a espatifar os ciclos naturais de comportamento do planeta. Como tal, irá ganhar esta "guerra" aquele que conseguir mais crentes no seio do povo. Os líderes mundiais não o são por todos nós os seguirmos. Eles são-no por espelharem aquilo em que a maioria de nós acredita. São o nosso reflexo, pois precisam do nosso apoio para mantê-los nos cargos de poder. Quantos mais de nós acreditarem numa das facções, mais acção em torno dessa crença irá surgir por parte da liderança mundial.
Contudo acho que é fácil de convencer toda a gente que a emissão de gases, por exemplo, é de facto nefasta para a saúde do ser humano, e que o "esgravatanço" desmesurado do globo terrestre para adquirir hidrocarbonetos e gases naturais, não pode resultar em boa coisa. Algo que demorou milhares ou milhões de anos a formar-se e que precisou de diversos ciclos de gelo/degelo para ser o que é actualmente, não pode deixar-se ser extraído assim repentinamente sem consequências. E o problema é que ninguém consegue prever quais serão essas consequências, pois há uma infinidade de variáveis a influenciar o rumo do planeta. E há toda a problemática de: depois de usarmos os óleos que extraímos, o que lhes fazemos? Rio com eles... Toda a manufactura está virada para a curta duração para manter a economia a funcionar e o dinheiro a circular. E o que acontece às coisas que compramos quando já não servem o seu propósito? Lixo com eles...
Contudo acho que é fácil de convencer toda a gente que a emissão de gases, por exemplo, é de facto nefasta para a saúde do ser humano, e que o "esgravatanço" desmesurado do globo terrestre para adquirir hidrocarbonetos e gases naturais, não pode resultar em boa coisa. Algo que demorou milhares ou milhões de anos a formar-se e que precisou de diversos ciclos de gelo/degelo para ser o que é actualmente, não pode deixar-se ser extraído assim repentinamente sem consequências. E o problema é que ninguém consegue prever quais serão essas consequências, pois há uma infinidade de variáveis a influenciar o rumo do planeta. E há toda a problemática de: depois de usarmos os óleos que extraímos, o que lhes fazemos? Rio com eles... Toda a manufactura está virada para a curta duração para manter a economia a funcionar e o dinheiro a circular. E o que acontece às coisas que compramos quando já não servem o seu propósito? Lixo com eles...
Eu sou um bicho difícil de convencer. Quando vejo documentários ou notícias, sou uma automática descrente, e tenho logo uma lista de perguntas na ponta da língua. Ao ver o novo documentário "Before the flood" do Leonardo DiCaprio, como Mensageiro da Paz das Nações Unidas, (assim como quase todos os documentários ou reportagens sobre o assunto) ficou a faltar-me muita informação gráfica e estatística, e muitos dados de muitas outras variáveis que nem mencionadas foram sequer. Muita lábia, poucos números, que é assim que se monta uma "religião". Porque, mais uma vez, 90% da população mundial não iria conseguir assimilar os dados matemáticos necessários para criar uma opinião fundamentada, pessoal e intransmissível. No entanto eu gostava de ver integrados nos documentários gráficos credíveis que correlacionem todas e mais algumas variáveis com os ciclos climáticos:
- Temperatura da superfície do planeta e a presença de CO2 e CH4 no planeta ao longo da sua existência (todas as publicações que vi até hoje demonstram uma relação estreita de facto);
- Excentricidade da órbita da Terra, e a variação da inclinação do seu eixo (ciclos Milankovitch);
- Comportamento solar (radiação e manchas solares);
- Comportamento e acção vulcânica;
- Evolução de quantidade, variedade e qualidade de vegetação a revestir a superfície terrestre;
- Quanto do CO2 e CH4 produzidos actualmente têm origem na acção humana, e não em causas naturais;
- Movimento das placas tectónicas, actividade sísmica e a consequente alteração de cota das superfícies costeiras habitadas vs. aumento do volume de água líquida elevando a cota do mar;
- Número de incêndios florestais vs. área florestal;
- Comportamento do oceano e suas correntes mediante o movimento das placas tectónicas;
- etc...
Segundo quase todos os gráficos publicados da matéria, há de facto um aumento da temperatura MÉDIA demasiado rápido para o que seria de esperar tendo em conta a história do planeta, e pior, toda a história da nossa existência. Temos emissões de CO2 mais elevadas do que em qualquer outro período terrestre, e não se deve a causas naturais. Se assim o fosse o caminho estaria a ser percorrido mais lentamente e teríamos mais tempo para nos ajustarmos. Aí está a questão, estamos de facto a levar vidas pouco "naturais" que têm de ter algum impacto no comportamento do planeta, e que podem levar a alterações bruscas no clima com consequências que desconhecemos e às quais não iremos ter oportunidade de nos ajustar pacificamente. Isso irá levar ao desaparecimento repentino de muitos territórios povoados e à destruição de muitas áreas de cultivo para alimentação da imensa população humana. A consequência adivinha-se terrível, novas batalhas territoriais, novas batalhas derivadas de crises de fome e sede, basicamente o caos... Ou dramatizando um pouco, quem é capaz de dizer que está tudo sob controlo? Que não estamos, sem saber, a levar o planeta para a beira de um precipício sem salvação? Poderemos estar a causar sem conhecimento o despoletar de uma era de aquecimento ou gelo repentinas às quais não nos conseguiremos adaptar e que levará à nossa extinção? Se o pessoal de elevado QI e conhecimento científico é corruptível e não se entende relativamente ao comportamento climático do planeta, que confiança nos dá de que se encontra tudo sob controlo e podemos continuar a levar as vidas como as entendemos neste momento? A não ser o inquietante/calmante facto de que dentro de uns anos não vamos cá estar para ver o que vai acontecer, e quem vier atrás que feche a porta.
E se estamos de facto a dirigir-nos para o precipício, o que podemos fazer? Consumir mais energia de fontes renováveis? Nos países nórdicos da Europa assistimos a uma cada vez maior independência dos combustíveis fósseis. Aparentemente a Suécia produz neste momento energia renovável suficiente para funcionar a 100%. No entanto temos países como a Índia e a China com taxas inegáveis e alarmantes de poluição atmosférica e consequente prejuízo da saúde pública, com uma parte inacreditável da população sem acesso a rede eléctrica e água potável. Agrava o facto de que temos também uma classe de cientistas e economistas capazes de provar que a produção de tudo o que é baterias necessárias para a acumulação de energia advinda de fontes renováveis polui tanto quanto a extracção e uso de combustíveis fosséis. Em que ficamos afinal? Mais uma nova onda de ceitas a formar-se. Já que o conhecimento que te apresentam é tão contraditório, em que acreditas? Tudo se resume à crença e a quem controla os meios de imprensa. Uuuuh, uma onda de gelo está a atacar a Europa... Já ninguém se lembra que os primeiros seis meses de 2016 foram os mais quentes do planeta desde que há registo (1880)? O que conta aqui é a temperatura média do planeta. E 1ºC de aumento médio realmente parece pouco. No entanto era suposto talvez acontecer em milhares de anos e não em meia dúzia de décadas.
Para quem estiver familiarizado com o inglês há muita informação na Internet (mais uma vez, nunca saberemos se é fidedigna ou não, temos de confiar pois não somos especialistas da área) mas gosto particularmente da maneira como a NASA apresenta a informação em gráficos, vídeos e imagens.
Para quem estiver familiarizado com o inglês há muita informação na Internet (mais uma vez, nunca saberemos se é fidedigna ou não, temos de confiar pois não somos especialistas da área) mas gosto particularmente da maneira como a NASA apresenta a informação em gráficos, vídeos e imagens.
No meio desta guerra de crenças e geopolítica mundial o que havemos de fazer? Nós que não temos directa influência nas massas, e não podemos decidir pelos outros, apenas por nós?
Uma das resoluções de ano novo para mim será: na dúvida divide-te.
Lê muito e ouve todas as facções, o conhecimento afasta-nos da crença cega e do conceito de verdade única. Lamento desiludir, mas em nada na vida existe apenas UMA verdade.
Leva uma vida o mais sustentável quanto possível, gasta menos água potável, promove e privilegia outras fontes de energia, reforça os 3R (recicla, reduz, reutiliza), compra produtos com período longo de duração.
Varia o máximo possível a tua alimentação.
Sê curioso e descrente, está aberto a mudanças, e foge do radicalismo e da crença cega.
Pode ser que se consigam destruir os lobbys e ter um mercado mais transparente, diversificado e menos corruptível. Assim a responsabilidade pelo que há de vir será o mínimo possível tua e assumida mais uma vez pela Natureza, que tem as costas largas.
Uma das resoluções de ano novo para mim será: na dúvida divide-te.
Lê muito e ouve todas as facções, o conhecimento afasta-nos da crença cega e do conceito de verdade única. Lamento desiludir, mas em nada na vida existe apenas UMA verdade.
Leva uma vida o mais sustentável quanto possível, gasta menos água potável, promove e privilegia outras fontes de energia, reforça os 3R (recicla, reduz, reutiliza), compra produtos com período longo de duração.
Varia o máximo possível a tua alimentação.
Sê curioso e descrente, está aberto a mudanças, e foge do radicalismo e da crença cega.
Pode ser que se consigam destruir os lobbys e ter um mercado mais transparente, diversificado e menos corruptível. Assim a responsabilidade pelo que há de vir será o mínimo possível tua e assumida mais uma vez pela Natureza, que tem as costas largas.
Entretanto, por via das dúvidas, vou construindo a arca. Não vá isto dar para o torto!