Olá maltinha!

Já expliquei noutros tempos que tenho algumas restrições alimentares descobertas há mais de dez anos, que me obrigaram a procurar alternativas. Nesses tempos a vida foi dura para mim, que gosto tanto de comidinha, pois as opções eram quase inexistentes - e ainda mais dispendiosas do que actualmente. Mas felizmente hoje o mercado abre-se pois surge cada vez mais gente com vontade de fugir da corrente principal de alimentação que nos tem vindo a ser impingida por uma série de lobbies. Gente que pretende dietas totalmente diferentes e restritivas no sentido oposto (Alerta! novas tentativas de lobby), ou apenas diversificar e acrescentar novos alimentos e hábitos à sua dieta original. Como não sou fundamentalista, nem hei-de ceder facilmente a tentativas de influência com o intuito de forçar e aliciar o poder público, estou do lado daqueles que o que querem é variar o cardápio. Eu adoro comer, por isso tudo o que me é permitido pelo meu sistema imunitário - quero!

Ê cá nã sô esquesitsinha!

Há pessoas que comem o mesmo pequeno almoço e o mesmo tipo de sobremesas simplesmente porque sim. Porque foi o que sempre lhes deram. E custa tirar as palas com os cascos =P Sem ofensa! Eu cá se puder variar agradeço. E espero abrir-vos o horizonte e apetite para novas realidades.

Vamos ao que interessa. Eis que numa das minhas divagações pelos mundos alternativos da culinária me deparo com este festim para os olhos que é a conta de instagram Naturally Jo. É a conta de um miúdo de 16 anos que vive em Lima. Segundo o próprio, apresentava um quadro de distúrbios alimentares e aos 14 anos decidiu ser vegan, porque percebia que quem adoptava esta dieta comia hidratos de carbono à fartazana e mantinha corpos esguios. Decidiu então pesquisar páginas de receitas vegan e meter as mãos na massa. Como até tem queda para as artes, o resultado foi incrível. A maior parte das receitas não varia demasiado, o que interessa ao José (para a conta instagram) é a apresentação. Tem tudo a ver com o aspecto, a estética. It's all about the looks, como se diz no Algarve. Daí que o rapaz peca pela falta de descrição da receita numa parte significativa das publicações, e desencoraja um pouco a malta.

Quem ainda acha que comida vegan é uma pasmaceira, e que sabe toda a terra? Ora carregue no botão refresh do seu cérebro por favor. O botão fica na íris do olho. Ora clique lá faxabor! Já 'tá?

Vejam só que maravilha! "Até t'arregalas!", já dizia a sábia avó do Zé Tolo. Os olhos também comem e estou já cheia de fominha. E sendo opções de pequeno-almoço e sobremesa não quero saber se são vegan e se me vão crescer folhas nas axilas em vez de pêlos. O cabrito pode ficar para o almoço. Até me podiam nascer flores como as butterfly pea tea, cujo pó funciona como corante natural alimentar azul. É o que o Zé usa. E são bem lindas.

Na minha cabeça é o Zé que alimenta todos os unicórnios do planeta, porque é disto que eles comem de certeza.

Ingredientes:

2 chávenas farinha

1/2 chávena cacau em pó

1+1/2 cchá fermento em pó

1/2 cchá sal

1+1/2 chávena leite (o Zé usou amêndoa)

3/4 chávena açúcar (o Zé usou de côco)

1/2 chávena iogurte (o Zé aconselha de côco ou amêndoa)

1/4 chávena manteiga amendoim

Cobertura:

2 csopa cacau em pó

2 csopa óleo de côco derretido

2 csopa agave