(marav)Ilha do Nunca

A minha quinzena de férias de Verão começou finalmente. O J anda cheio de trabalho, e o tempo anda farrusco, pelo que os dias desta semana se preencheram com passeios de ida e volta. Os pais levaram-nos a ver/rever coisas lindas que temos aqui tão perto de casa, e às quais raramente se dá importância.

Eu sei que o que fica bem é viajar para destinos exóticos e internacionais, e publicar fotografias em países com culturas super diferentes, e mares transparentes, e hóteis incríveis, e aos próprios presuntos estendidos na beira da piscina. Quem gosta de dizer que nas férias foi passear até ao Douro sem ficar a dormir num hotel com spa 5* e que custa os olhos da cara, ou que foi ver um castro? Aliás, a maior parte das pessoas iria perguntar em silêncio: o que raio é um castro? Pois... Não que não goste de sair do nosso canto esquecido, e ir ver os outros cantos do mundo. Não sou hipócrita, nem sofro do síndrome de inveja raivosa. Adoro ir ver como o mundo é gigante. Mas também não sou depressiva, e se a oportunidade não surge, não há stress. Há muito neste canto esquecido e arredores que vale a pena ver e rever, e que é lindo lindo lindo lindo lindo!

Para além disso adorei voltar a partilhar o banco de trás do carro com a mana como em crianças. Só que agora é mil vezes melhor, porque gozamos o passeio, não perguntamos de 5 em 5 minutos: E agora? Já chegámos? Quanto tempo falta? Que seca! Vamos embora. Quero ir para a piscina. E agora? Já chegámos? Não há paciência, não sei como os pais aguentam isto. Acho que vou colocar mordaças aos meus quando chegar a hora, ou então uma dose inofensiva de soporíferos vai escorregar completamente sem propósito para a comida de alguém umas horas antes da partida...

Foram dias muito bem passados, com muuuuitas gargalhadas, boa disposição e óptima comida. Não há nada como a gastronomia do norte de Portugal, e da Galiza também vá.