Recentemente surgiu a oportunidade de ir ver os bichos ao Zoo de Lisboa com a mana e o J. Fiquei entusiasmada como se fosse a criança que era quando lá estive a última vez.

Confesso por vezes ter alguma pena da bicharada por estar limitada a uns poucos m2 de ambiente natural criado artificialmente, e ainda ter de aturar centenas de pessoas por dia a olhar, e a bater nos vidros ou guardas de protecção para fazê-la reagir, crianças e os seus guinchinhos... Mas depois lembro-me que os parques zoológicos têm realmente um papel importante na preservação de espécies selvagens, protegendo últimos indivíduos de espécies ameaçadas e garantindo a sua reprodução, e por outro lado criando empatia e consciência em nós humanos e dando-nos a conhecer espécies que de outra maneira nunca conheceríamos. O que os olhos não vêem...

Depois de um passeiozito no Chiado e um almoço no Príncipe Real, apontámos para a hora do show na Baía dos Golfinhos e lá fomos rumo ao Zoo. Ficámos tão contentes como as centenas de crianças que partilharam bancada connosco.

Os golfinhos portaram-se muito bem, estiveram bem dispostos e executaram alguns truques difíceis e outros cómicos. O show estava bem montado, com ondas de emoção entre o "Oooooh, tão fofo!", o "Uaaaaaau! Uhuuu!" e o "Hahahahahahhaha!". Ouvia-se cada reacção da criançada. No fim de cada truque lá engoliam umas quantas sardinhas. Os golfinhos, não as crianças.

É fácil treinar golfinhos, é só fazer como se faz com cães. Dá-se biscoitos em troca de alguma obediência momentânea. Gordos!

Mas risota foi com os leões-marinhos. Adorei! Nota importante: os leões-marinhos cheiram muito melhor que os leões reis da selva. Os leões são uma seca. Nem tirei foto porque como sabemos passam o dia a dormir. E cheiram mal! Sinto que fui enganada pela Disney e o seu "Rei Leão".

Depois da visita à baía dos golfinhos percorremos todo o parque e conhecemos uma cabrita que quase saltava da cerca para atacar um Magnum Sandwich, cangurus anões, jacarés que dormem tanto como leões, gnus e bisontes, girafas comilonas, rinocerontes preguiçosos, flamingos coloridos, tartarugas e macacos de todos os géneros tamanhos e feitios, e elefantes fofinhos a fazer olhinhos para a câmara. Os preferidos da mana!

O tempo passou a correr e ficámos exaustos. Não sei o que nos deu para nos lembrarmos de ir ao zoo mas valeu a pena.