A Dianinha decidiu voltar a Portugal. Tinha cá estado em 2015 a apresentar o álbum Wallflower, mas pelos vistos gosta disto e decidiu voltar também este ano.
O Campo Pequeno encheu e pelos comentários foi um sucesso. Já no Pavilhão Multiusos de Gondomar, foi em pendant com a população do Norte do país. E por isso esta zona está tãaaaao longe de Lisboa (mais do que os ~300km). Já não está tanto vá, temos evoluído a uma velocidade estonteante e para muita felicidade minha. Mas ainda assim, estamos tão longe.
O pavilhão em si ficou muito aquém do merecido para uma noite destas, o que tornou o ambiente um pouco estranho. Tem muito bom aspecto, a construção é boa e os acabamentos estão interessantes, mas não para este efeito. A plateia, incluindo a VIP, estava preenchida com cadeiras de plástico, as bancadas são típicas de pavilhão gimnodesportivo: pedaços de plástico aparafusados ao betão, sem encosto sequer no anel mais perto da plateia. Que como é óooooobvio foi aquele em que ingenuamente comprámos lugar. Como pavilhão que é, e já não bastasse o rabo estar quadrado e dormente, tínhamos que aplicar uma torção nas costas e pescoço de modo a que pudéssemos olhar para o palco onde se desenrolava a acção. Rabo duro e pescoço partido, isto parece um resultado híbrido muito reles de Jetuga e A.G.I.R. O que ironicamente faz sentido, porque para essa categoria de "artistas" o pavilhão era perfeito. Haaa! Categoria! You wish...
O palco reduzia-se a uma estrutura metálica demasiado simplista e totalmente à vista, apenas com o fundo coberto em tecido preto e uns painéis no mesmo tecido a imitar as laterais das salas de teatro. Uns bons níveis abaixo dos palcos das feiras de Verão das aldeias, mas com aspecto bem estimado. A produção de luz foi bastante fraquinha e não tinha grande coisa a ver com outros concertos da Diana que já vi online, pelo que arrisco dizer que era o que havia disponível in loco. Mas posso estar enganada.
A doer ainda mais do que o rabo, o pescoço e as costas, estava o meu ânimo no início da noite. A sala atingiu um pico de algures entre os 60 e os 70% de taxa de ocupação e, estando o espectáculo agendado para as 21h30, eram 21h47 quando a Diana decidiu entrar em palco e batiam as 10 badaladas p.m. ainda se sentia o movimento de gente a chegar e a circular "na maior" para os seus lugares. Esta atitude provinciana e mesquinha veio a revelar-se novamente no final. Mal a rapariga tocou com os tacões fora do palco, e ainda de luzes apagadas, já estava tudo a correr para a saída para retirar o veículo do parque antes dos outros tuguinhas (parecia que estava no Dragão e não num concerto de jazz). Quando acendem as luzes olho para o chão e deparo-me com umas quantas garrafas de água vazias espalhadas. Vergonhoso!
Agora falando do que interessa: a Diana é uma maravilha. O concerto baseou-se numa conversa intimista entre um quarteto de instrumentos (mais voz) que nos transportava para um jazz club típico de NY (assim imagino eu). A mestria ao piano é evidente, o guitarrista Anthony Wilson às vezes deambulava tanto nos trechos instrumentais que parecia estar numa trip só dele (Lindo!) e o timbre da Diana é qualquer coisa. Não deve ser necessária edição de voz para os álbuns, porque soa igualzinha senão melhor. Superou a expectativa.
A Dianinha pouco se chegou ao público, como já é típico, mas lá baloiçou a sua cabeleira loira de um lado para o outro e disse-nos que não iria seguir uma set list, que iria fazer o que mais gosta que é tocar de acordo com o ambiente. A maior parte das canções escolhidas fazia parte do Wallflower mas o público reagiu mais a músicas como "I've got you under my skin", "Corcovado", "Boulevard of broken dreams", e até houve direito a discos pedidos com alguém durante o encore a gritar: "The Look of love". Ao que a Diana respondeu: Ok then.
Os instrumentais foram deliciosos, os prelúdios a algumas canções eram melodias de outras não tocadas como "Frim Fram Sauce" e "What the world needs now" que davam um toquezinho inesperado, e o concerto terminou pelas 23h30 com uma Inês muito bem disposta e contentinha da vida.
A Dianinha pouco se chegou ao público, como já é típico, mas lá baloiçou a sua cabeleira loira de um lado para o outro e disse-nos que não iria seguir uma set list, que iria fazer o que mais gosta que é tocar de acordo com o ambiente. A maior parte das canções escolhidas fazia parte do Wallflower mas o público reagiu mais a músicas como "I've got you under my skin", "Corcovado", "Boulevard of broken dreams", e até houve direito a discos pedidos com alguém durante o encore a gritar: "The Look of love". Ao que a Diana respondeu: Ok then.
Os instrumentais foram deliciosos, os prelúdios a algumas canções eram melodias de outras não tocadas como "Frim Fram Sauce" e "What the world needs now" que davam um toquezinho inesperado, e o concerto terminou pelas 23h30 com uma Inês muito bem disposta e contentinha da vida.
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