Onzartes
Álbum da semana #2 - Jamie Cullum live Montreal 2016
12:16:00Não é um álbum. É um concerto - Jamie Cullum no Montreal jazz fest a 4 de Julho de 2016.
O Jamie está seguramente no meu top 10 de artistas preferidos, se bem que acho que nunca verbalizei uma. É um artista que raramente me dá arrepios e pele de galinha. Não é desse tipo, é de um melhor. É do tipo que me leva à feira popular com todo o êxtase das luzes, sons e cheiros, adrenalina da montanha russa, sugar rush do algodão-doce e dos chocolates, maravilhamento do fogo de artifício, gargalhadas nos jogos e nos carrinhos de choque, toda uma panóplia de emoções de felicidade, boa disposição, e "vamos aproveitar bem a vida"!
Dou por mim com um sorriso rasgado a ouvi-lo a tocar piano nas cordas e não nas teclas, de estômago colado às costas quando ele começa a improvisar e se agarra ao piano como se fosse uma bateria e a fazer beatbox, de boca aberta com as voltas inesperadas e geniais que ele dá às músicas, e a rir-me com o sentido de humor com que ele nos presenteia.
Ele claramente é louco pelo que faz, adora música, todo o tipo de música, prova que nos dá com diversos covers de músicas do mais variado tipo de artistas, desde broadway, techno, pop, rock, jazz, etc. Em todas as performances/escolhas de repertório/interpretações revela o seu profundo conhecimento da história da música, e também que nasceu para isto. Aos 40 min deste concerto conseguimos ver que realmente o homem não precisa de grande coisa para fazer música. É tão natural nele que tudo e qualquer coisa pode ser vista de maneira diferente para produzir sons e encadeá-los em música. E é assim que ele nos introduz a uma interpretação incrível do hit deste ano "Took a pill in Ibiza", com direito a uma alteraçãozinha na letra: All i know are sad songs, all i know are brexit songs, e um terceiro verso novo pois a meio esqueceu-se da letra. Até nisto é brilhante. Parece fácil... Se calhar o comprimido que ele tomou em Ibiza era da Duracel.
E não sei se já perceberam mas tem qualquer coisa pela Rihanna. Neste concerto tocou "please don't stop the music", misturado com "Work", "Bitch better have my money" e "Diamond". Já no Meo Marés Vivas 2015 nos deu um cheirinho de "Bitch better have my money" que deixou o público todo a rugir e aplaudir. Podem também encontrar facilmente no youtube um mash up de "Umbrella" da Rihanna com o "Singin' in the rain" do Gene Kelly. Diz que se lembrou de fazer essa mistura depois de sonhar que o Gene Kelly estava a dançar com a Rihanna. Que lindo! Hahahahahaha!
E não sei se já perceberam mas tem qualquer coisa pela Rihanna. Neste concerto tocou "please don't stop the music", misturado com "Work", "Bitch better have my money" e "Diamond". Já no Meo Marés Vivas 2015 nos deu um cheirinho de "Bitch better have my money" que deixou o público todo a rugir e aplaudir. Podem também encontrar facilmente no youtube um mash up de "Umbrella" da Rihanna com o "Singin' in the rain" do Gene Kelly. Diz que se lembrou de fazer essa mistura depois de sonhar que o Gene Kelly estava a dançar com a Rihanna. Que lindo! Hahahahahaha!
Outra combinação brilhante e improvável que ele nos ofereceu é, imaginem só, "Single Ladies" da Beyoncé com "Come Together" dos Beatles. Não sei se quero imaginar a que raio de sonho foi ele buscar isto, mas até que está incrível!
E é assim que ele nos cativa, a fervilhar no palco, com uma liberdade inebriante, a dar o melhor de si em cada actuação, a hipnotizar-nos com a energia interminável e com a criatividade absolutamente genial. Quem me dera ter em mim um qualquer talento deste tamanho que coincidisse com aquilo que me apaixona. Uns de nós têm de contentar-se com a trivialidade para que se possa dar o devido valor à genialidade de certos habitantes deste planeta como o Jamie. É um selvagem livre e feliz! E eu invejo-o por isso.
1 comentários
Inês, tens toda a razão ouvi pela primeira vez o Jamie Cullun no Marés Vivas de 2015, e foi sem duvida um grande concerto, o rapaz é o Maior.
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