EGGLESS
Scones de Domingo
14:01:00
Domingo é aquele dia em que só dá vontade de ficar a preguiçar no sofá em frente à tv a devorar todo o conteúdo da dispensa.
Este poderia ter sido um desses Domingos, não fosse quase não ter tocado no sofá. Já a gula não desiludiu, deu-me apetite para scones e, aproveitando que a mana estava por minha conta, mal chegámos a casa fiz uma receita que já sei de cor. Adaptei-a de uma página que adorava da Leonor Sousa Bastos, apesar de não poder comer quase nada daquilo. As imagens e apresentação são deliciosas e fazem crescer água na boca. Não é por acaso que se chama "flagrante delícia". A receita é muito boa e menos pecadora que outras com que me tenho deparado. Não tem ovos, por isso IUPI!, e de gordura tem azeite em vez de manteiga.
[Mas podem optar pelo que preferirem. Já que é para comer 30g de açúcar, porque não comer também 30g de manteiga? Força aí! Depois podem ir à Liquid passar um dia a sumos para limpar isso. O truque está em saber gerir a coisa.]
[Mas podem optar pelo que preferirem. Já que é para comer 30g de açúcar, porque não comer também 30g de manteiga? Força aí! Depois podem ir à Liquid passar um dia a sumos para limpar isso. O truque está em saber gerir a coisa.]
É difícil entregar o prémio ao criador dos scones, pois Inglaterra, Irlanda e Escócia batalham por ele há séculos. Ao que parece a primeira prova escrita pertence ao registo de um poeta escocês no início do séc. XVI, mas adivinha-se a criação largos anos antes disso. Se bem que esta não pode ser considerada uma prova irrefutável, uma vez que não havia facebook nessa altura. As pessoas não publicavam em directo o que faziam da vida: a que horas acordavam para ir para o campo; a reclamar do galo que não cantou porque andava entretido com as galinhas e já atrasou a lavoura toda do dia; quantas batatas colheram; o andamento da feira para vender as hortaliças; qual o resultado da noitada na taberna; a que folhas tinham limpo o rabiosque e se tinha corrido bem ou mal; a que horas o Robin tinha deixado uns tostões à porta, e a que horas o senhorio tinha passado para recolher o imposto feudal - aquele filho da mãe mal encarado cujo cavalo ainda por cima deixou uma poia mesmo à porta da cabana; a queixar que o stock de óleo para as lamparinas esgotou na aldeia e a partir das 17h ninguém vê onde pisa, etc. Gostava de ver um facebook nesta transição Idade média/moderna.
Nessa altura os scones eram feitos o mais artesanalmente possível, eram uns discos grandes de aveia cozinhados em chapas quentes sobre o fogo, e posteriormente divididos em triângulos. Entretanto com a evolução dos utensílios e equipamentos culinários, a receita foi também evoluindo até ao que conhecemos hoje em vários e diversos formatos, simples ou com pepitas e frutos à mistura. Os scones banalizaram-se em Inglaterra no fim do século XVIII após uma grande amiga da Rainha Vitória ter criado o chamado Afternoon tea e ter introduzido os scones na ementa para acompanhar o chá, bebida que já tinha sido anteriormente popularizada no país pela Infanta Catarina de Bragança.
Sendo assim claro que os scones pedem sempre um cházinho para acompanhamento, uma boa conversa, e tudo o que houver em casa para lhes pôr em cima: manteiga, compotas, geleia, mel, nutella, manteiga de amendoim...
Nessa altura os scones eram feitos o mais artesanalmente possível, eram uns discos grandes de aveia cozinhados em chapas quentes sobre o fogo, e posteriormente divididos em triângulos. Entretanto com a evolução dos utensílios e equipamentos culinários, a receita foi também evoluindo até ao que conhecemos hoje em vários e diversos formatos, simples ou com pepitas e frutos à mistura. Os scones banalizaram-se em Inglaterra no fim do século XVIII após uma grande amiga da Rainha Vitória ter criado o chamado Afternoon tea e ter introduzido os scones na ementa para acompanhar o chá, bebida que já tinha sido anteriormente popularizada no país pela Infanta Catarina de Bragança.
Sendo assim claro que os scones pedem sempre um cházinho para acompanhamento, uma boa conversa, e tudo o que houver em casa para lhes pôr em cima: manteiga, compotas, geleia, mel, nutella, manteiga de amendoim...
Ingredientes:
200g farinha de espelta
8g de fermento químico
1g de sal
30g de açúcar (o que preferirem)
125ml de leite de soja
30g de azeite
1. Misturar bem os ingredientes secos. Atenção à dosagem e mistura da levedura pois se for ultrapassada a medida ou não ficar bem distribuída irá notar-se o sabor no meio da massa.
2. Acrescentar os ingredientes líquidos à mistura e dar só uma mexida rápida sem grandes voltas ou esforço, de maneira a que apenas não fique à vista nenhum pó da mistura seca.
3. Sobre um tabuleiro forrado com papel vegetal colocar porções a gosto. Se gostarem de scones tamanho M façam 8 ou 9, se gostarem tamanho L façam 4 ou 5.
2. Acrescentar os ingredientes líquidos à mistura e dar só uma mexida rápida sem grandes voltas ou esforço, de maneira a que apenas não fique à vista nenhum pó da mistura seca.
3. Sobre um tabuleiro forrado com papel vegetal colocar porções a gosto. Se gostarem de scones tamanho M façam 8 ou 9, se gostarem tamanho L façam 4 ou 5.
Bom apetite!
2 comentários
Não sobrou nenhum para a mamã....
ResponderEliminarTem glúten mãe! Arranja-me da tua farinha e faço-te uns *
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